• A resistência à insulina prediz a morbidade cardiovascular precoce em homens sem diabetes mellitus, e se relaciona com a atividade física.

    18 de outubro, 2014

    anaerobic-exerciseEur J Prev Cardiol. 2014 30 de maio

    Hellgren MI1, Daka B2, Jansson PA3, Lindblad U2, Larsson CA4.

     

    OBJETIVO: avaliar como a resistência à insulina prediz a doença cardiovascular (DCV) em homens e mulheres não-diabéticas, além de investigar a influência da atividade física.

    MÉTODOS:

    Neste estudo prospectivo 2.563 homens e mulheres sem diabetes foram examinados com um teste de tolerância oral à glicose, medidas antropométricas e aferição da pressão arterial. Questionários sobre estilo de vida e atividade física foram realizados. A resistência à insulina foi medida pelo jejum, dosagens de insulina plasmática e pelo índice HOMA para a resistência à insulina. Os participantes foram acompanhados para morbidade e mortalidade cardiovascular durante um período de 8 anos, usando a informação do Nacional Sueco de Internação e registros de mortalidade.

    RESULTADOS:

    Foram encontrados no follow-up, os seguintes resultados: o índice HOMA-IR  teve valor preditivo  maior  na mortalidade no sexo masculino( 50 eventos), e em mulheres (28 eventos); no entretanto, quando foi feita uma estratificação por sexo,o índice HOMA-IR preditivo se mostrou significativo apenas em homens, não tendo associação nas mulheres .

    Na estratificação dos dados para a atividade física, classificando-a de alta e baixa, o valor preditivo de resistência à insulina foi mais forte nos homens sedentários e  abolida nos homens  que realizam atividade física moderada a vigorosa.

    Os resultados se mantiveram quando  ajustados também para o IMC, ApoB / ApoA1 e hipertensão, bem para com o tabagismo, consumo de álcool e nível de escolaridade. O resultado dos níveis de insulina plasmática em jejum foram semelhantes ao HOMA-IR.

    CONCLUSÕES:

    A resistência à insulina é um fator preditivo  de doenças cardiovasculares (DCV) na população em geral; no entanto, os homens podem ser mais vulneráveis ​​ao aumento da resistência à insulina do que as mulheres, e os homens fisicamente inativos parecem ter um risco mais alto.

    PALAVRAS-CHAVE:

    Resistência à insulina; doenças cardiovasculares; atividade física; estudo prospectivo de coorte

     

    Lizanka Marinheiro

    Endocrinologista

    Prof. Pós- Graduação de Pesquisa Clínica Aplicada à Saúde da Mulher e da Criança

    INSMCA- Instituto Fernandes Figueira – FIOCRUZ