• ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E A INTENSIDADE DOS SINTOMAS CLIMATÉRICOS NA PÓS-MENOPAUSA

    3 de agosto, 2014

    Fundação Osvaldo Cruz/ Fiocruz

    Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira/ IFF

    Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher 

       

    ASSOCIAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E A INTENSIDADE DOS SINTOMAS CLIMATÉRICOS NA PÓS-MENOPAUSA 

    Renata Morato Santos  

    Orientadora: Lizanka Paola Figueiredo Marinheiro  

    Rio de Janeiro

    Julho/2014

     

    RESUMO

    Objetivos: Identificar fatores associados a depressão nas mulheres na pós-menopausa e determinar a associação entre a depressão e a intensidade dos sintomas climatéricos.

    Metodologia:Trata-se de um estudo transversal, com 109 mulheres na pós-menopausa com idade entre 45 e 65 anos atendidas no ambulatório de ginecologia de uma instituição no Rio de Janeiro. As participantes responderam um questionário com dados sócio-demográficos, clínicos e de estilo de vida, o Menopause Rating Scale (MRS) e o Mental International Neuropsychiatric Interview (MINI).

    Resultados: A média de idade das participantes foi 57,5 (DP:4,6) anos. A prevalência de depressão foi de 20,2%. A análise de regressão logística revelou que a depressão na pós-menopausa está associada com os sintomas climatéricos severos (OR:17,6) e com a história de depressão prévia (OR:3,9).

    Conclusão:  Nossa casuística evidenciou que o histórico de depressão e os sintomas climatéricos severos estão associados com uma maior prevalência de depressão nas mulheres na pós-menopausa.

    Palavras chaves:  Mulheres na pós-menopausa, depressão, sintomas climatéricos

     

    Através deste estudo, podemos ver que a severidade dos sintomas climatéricos e a história prévia de depressão estão associados com a presença de transtorno depressivo na pós-menopausa. Embora, esse estudo não permita estabelecer uma relação de causalidade entre os sintomas climatéricos e a depressão, seus resultados mostraram que as mulheres com sintomas mais severos e com história de depressão prévia são mais deprimidas.

    Sabendo que a depressão se trata de uma doença que compromete a qualidade de vida e que o médico ginecologista, muitas vezes é o único médico que as mulheres na pós-menopausa freqüentam, a formação de profissionais capacitados para atender essa população em crescimento se faz necessária para que essas mulheres sejam atendidas de forma adequada.

    A relação entre a depressão e o climatério é bastante complexa. Não há ainda uma resposta definitiva para perguntas em relação ao aumento do risco de depressão em torno da menopausa. No entanto, reconhecendo que a depressão é uma doença que interfere na vida da mulher, a identificação dos fatores de risco para o seu desenvolvimento nas mulheres na pós-menopausa, permitirá desenvolver estratégias efetivas para a sua prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.