• Novos Níveis de vitamina D – nova discussão.

    1 de outubro, 2017

    Vitamina

      SBPC/ML informa que a vitamina D tem novos valores de referência

    A Vitamina D

    A Vitamina D é um pró-hormônio produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele. As duas principais formas são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol) que podem ser encontradas em alimentos como óleos de salmão, atum e sardinha, gema de ovo, fígado, leite, iogurte e queijos ou suplementada em capsulas ou comprimidos. Existem diferentes métodos para avaliação da vitamina D laboratorialmente. Os imunoensaios devem ser comparáveis com o método de eleição.

    Além de problemas ósseos, existem evidências de que a falta de vitamina D também pode contribuir para o desenvolvimento de algumas doenças como diabetes, depressão, doença cardiovascular e alguns tipos de câncer.

    A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) informou a mudança do valor de referência da Vitamina D. “Até pouco tempo, o valor normal, ou seja, suficiente, de vitamina D era acima de 30 ng/mL. Porém, já estão sendo aceitos valores a partir de 20 ng/mL, pois estudos têm mostrado que pacientes que estão entre as dosagens de 20 a 30 ng/mL não necessitam de reposição da vitamina”, afirma Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, médico patologista clínico, diretor de Ensino da SBPC/ML.

    Segundo posicionamento desta Sociedade, a deficiência (valores abaixo de 10 ng/mL) ou insuficiência (de 10 ng/mL até 20 a 30 ng/mL – novo valor de referência) da vitamina D podem não ocasionar sintomas nos pacientes que estão sofrendo com a falta da mesma. Pessoas com níveis muito baixos podem apresentar sintomas de fadiga, fraqueza muscular e até dor crônica. 

    Este é um posicionamento da SBPC/ML e não um concenso ou diretriz, que foi discutido recentemente no Congresso da mesma em São Paulo,

    Como endocrinologista, achamos que a reposição de vitamina D, depende de vários fatores como idade, se o indivíduo é portador ou não de outras doenças como ostoporose, e se há ou não outras doenças associadas ao mesmo. Não se pode comparar um jovem surfista, com um senhor de 80 anos, ainda que os dois tomem sol na praia.

    Afinal, trata-se um paciente, e não uma dosagem isolada de laboratório.

     

    Lizanka Marinheiro – Endocrinologista

    FIOCRUZ

     


    http://congresso.sbpc.org.br/2017/index.php.