• Refrigerantes diet e ligth – inofensivos?

    10 de junho, 2012

    CUIDADO NO CONSUMO DE REFRIGERANTES

    Os refrigerantes são mundialmente conhecidos, agradam paladares de todas as faixas etárias e ganham cada vez mais adeptos no mundo todo, principalmente entre crianças e adolescentes. Mas será que se todos soubessem os malefícios que se escondem atrás de uma lata de refrigerante esse consumo continuaria aumentando a cada ano?

    Na esteira dessa tendência mundial cresce o consumo de produtos diet, light e zero, muito utilizado nos rótulos dos alimentos, podendo confundir o consumidor no momento de adquirir algum produto. Dessa forma, é importante entender a diferença entre estes produtos adequadamente para que o consumidor o adquira de acordo com sua necessidade.

    Produtos diet apresentam ausência de um determinado componente (normalmente o açúcar, a gordura ou o sal), o que não significa a redução do valor calórico. Foram criados para atender às necessidades de pessoas que tenham restrição a algum tipo de substância, como por exemplo, os diabéticos e os hipertensos.

    Produtos light devem ter, no mínimo, uma redução de 25% de algum componente ou caloria, comparado ao alimento convencional. Para que ocorra a redução de calorias, é necessário que haja a diminuição no teor de algum nutriente energético (carboidrato, gordura ou proteína). A redução de um nutriente não energético, por exemplo, o sódio, não interfere na quantidade de calorias do alimento.

    Produtos zero não possuem muita diferença quando comparados aos diet, neles também existe a restrição ou isenção de alguma substância presente na versão tradicional (normalmente o açúcar). A única mudança é que os produtos zero geralmente possuem menos calorias que os produtos originais.

    O consumo de refrigerantes tem se tornado altamente prevalente e eles são ricos em sódio (quando consumidos causam sede e, assim, aumenta a vontade de ingerir mais o líquido) e açúcar (uma lata de refrigerante convencional pode conter até dez colheres de açúcar). Além de ser um produto de caloria vazia, o refrigerante possui em sua composição cafeína (que tem ação diurética e também pode causar insônia),

    conservantes, acidulantes, antioxidantes, corantes, estabilizantes, umectantes,

    aromatizantes, edulcorantes, entre outras substâncias não saudáveis. Mesmo as versões light contêm ácido fosfórico que pode prejudicar a fixação de cálcio nos ossos, contribuindo com o processo de osteoporose.

    Dessa forma, o consumo de refrigerante não traz nenhum benefício, contribuindo para aumentar obesidade, além de causar problemas gástricos e aumentar o risco de hipertensão, diabetes e problemas renais. O Guia Alimentar para a População Brasileira sugere a redução em pelo menos um terço no consumo atual desses alimentos como uma das estratégias para uma alimentação saudável.

    Dessa forma, o importante é evitar e moderar o consumo de refrigerantes seja os convencionais ou os diet/light/zero. Investir nos sucos de frutas naturais, na água de coco e nos chás é a maneira mais saudável e gostosa para matar a sede. Sua saúde agradece.

     

    Danyelle Ventura

    Nutricionista

    Mestranda da Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Fernandes

    FIOCRUZ