O jejum intermitente ganhou grande popularidade como estratégia de emagrecimento e saúde metabólica. No entanto, quando falamos em mulheres, é fundamental ter atenção: os efeitos podem variar bastante devido às particularidades hormonais do corpo feminino.
Como funciona o jejum intermitente?
O método consiste em alternar períodos de alimentação com períodos de jejum, podendo variar de 12 a 24 horas sem ingestão calórica. Ele pode ajudar a reduzir peso, melhorar a sensibilidade à insulina e favorecer processos de reparo celular.
Possíveis benefícios em mulheres
Redução da resistência à insulina
Auxílio no controle do peso corporal
Melhora de alguns marcadores inflamatórios
Potencial melhora na disposição mental e clareza cognitiva
Riscos e pontos de atenção
Apesar dos benefícios, o jejum pode trazer riscos específicos para mulheres, como:
Irregularidade menstrual
Queda da taxa metabólica com jejuns muito prolongados
Redução da energia, prejudicando treinos e atividades diárias
Alterações hormonais ligadas à fertilidade
Quem deve evitar o jejum intermitente?
Gestantes, mulheres em fase de amamentação, pacientes com transtornos alimentares ou com histórico de irregularidades menstruais devem evitar o jejum.
O papel do acompanhamento médico
O jejum intermitente pode ser positivo em alguns casos, mas precisa ser individualizado. O acompanhamento médico é fundamental para avaliar riscos, indicar o protocolo adequado e monitorar resultados de forma segura.
Não existe uma fórmula única. Para algumas mulheres, o jejum pode ser um aliado; para outras, um desafio. O segredo está no equilíbrio, na personalização e no cuidado com a saúde hormonal.
Profa. Dra. Lizanka Marinheiro, PhD, Md
Professora das Pós-graduações em Saúde da Mulher e em Pesquisa Clínica Aplicada à Saúde da Mulher
Coordenadora da Pós-Graduação em Endocrinologia Feminina e Chefe do Ambulatório de Endocrinologia Feminina
Instituto Nacional de Saúde Fernandes Figueira – FIOCRUZ