• De onde vem a expressão…enfezado?

    22 de janeiro, 2014

    Antigamente quando encontrávamos uma pessoa  irritada ou de mal humor, se usava o termo: “fulano está enfezado”!
    Se olharmos no dicionário, o termo tem a ver com fezes, e lembra a pessoa com os intestinos cheio de fezes. Teria este termo alguma relação?
    Um dos maiores problemas aparentemente simples que atinge milhares de pessoas no mundo, é a constipação intestinal, muitas vezes acompanhada de gases  e distensão abdominal.
    Tais problemas refletem diretamente no humor em 69% de mulheres, em recente pesquisa conduzida em 9 capitais brasileiras e no Distrito federal, conduzida pelo centro de pesquisa da Danone, e pela Federação Brasileira de Gastroenterologia, envolvendo 3500 mulheres.
    Além  de alteração no humor, 66% das mulheres afetadas com problemas intestinais, têm dificuldade de se concentrar no trabalho e 57% sentem piora na vida sexual.
    Ou seja, existe uma relação direta com o humor!
    O intestino é considerado hoje um segundo cérebro face a nele se produzir grandes níveis de serotonina, cerca de 80%, dai sua estreita relação com a sensação de bem estar, pois como se sabe, a serotonina é um neurotransmissor relacionado com o humor.
    Vários anti-depressivos, por exemplo, agem na recaptação de serotonina no cérebro, melhorando os estados de depressão.
    O intestino ainda possui mais de 100 milhões de neurônios diretamente conectados com o cérebro, daí sua relação com a saciedad, e ainda abriga cerca de 70% das células de defesa do organismo.
    O que fazer então para melhorar a saúde intestinal?
    A solução está em reavaliar hábitos do seu dia a dia. Uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física são medidas eficazes para melhorar a saúde intestinal.
    Comer fibras, ajuda na formação do bolo fecal, assim como
    se hidratar corretamente, a fim de facilitar a eliminação das fezes.
    O uso de pró-bióticos também pode contribuir muito para isto.
    Os exercícios aeróbios, como caminhada ou corrida, também funcionam como bons aliados pois liberam hormônios, como a serotonina, que ajudam a estimular os movimentos intestinais.
    Lizanka Marinheiro
    Doutora em Ciências pela FIOCRUZ
    Endocrinologista