• Ecos do II Congresso Regional de Diabetes -RJ

    13 de novembro, 2016

    idiabetesmagesEcos do II Congresso Regional de Diabetes do Rio de Janeiro

    Seria impossível falar de tudo, e selecionei dois tópicos no momento para comentar.

    Um, foi a divulgação do já aprovado e disponível no mercado, do dispositivo que mede glicemia sem o uso de agulhas,
    (lancetas que furam o dedo para medição em vários aparelhos usando fitas dos mais diversos fabricantes, e que já existem no mercado há bastante tempo).
    Veio para substituir?!, ou como mais uma opção, o teste glicêmico feito pelo próprio paciente, de rotina no tratamento do diabetes, dando um maior conforto.
    Trata-se de um dispositivo (sensor) redondo, de pouco mais de 10cm, colável na parte posterior superior do braço, podendo ficar fixo por cerca de 14 dias, e cujos resultados dos níveis glicêmicos são lidos por um leitor. Este leitor pode dar um histórico de 8 horas das taxas de glicose, mostrando assim se ela está subindo, descendo ou mudando lentamente. Maior problema: O ALTO CUSTO. Já disponível nas farmácias e drogarias. Consulte sem médico.

    Outro assunto, versa sobre o sem número de medicamentos, tanto orais quanto injetáveis para o controle do diabetes, doença que afeta milhões de pessoas no mundo!
    Dentre todos estes, (os quais falarei durante toda a semana no site), existem 2 grandes classes: os agonistas do GLP1 e os inibidores da DPP4.
    Muito boa a fala do nosso colega Ruy Lyra – PE,UFPE, no que toca  quanto aos possíveis efeitos colaterais das duas classes, em particular,
    do tratamento com drogas baseadas em GLP1 e e sua relação principalmente com o câncer de pâncreas e pancreatite.
    Exemplo de droga, a Liraglutida, ( Victoza e agora o Saxenda).
    O mesmo concluiu sua excelente comunicação sobre essa classe de medicamentos dizendo:

    “Em relação à controvérsia de se a terapia baseada em GLP1 pode aumentar o risco de doença maligna específica como carcinoma pancreático e câncer de tireóide, nossa conclusão é que aparentemente não há evidência firme em favor dessa hipótese nem evidência suficientemente forte para descartar qualquer aumento dos riscos com base nos resultados disponíveis no momento”.

    Enquanto isso, nada como a prevenção, da obesidade, da hipertensão e da diabetes. E se você já é portador, um bom controle, passa por mudança de hábitos, alimentares, de estilo de vida.

    Profa. Dra. Lizanka Marinheiro

    Endocrinologista – IFF-FIOCRUZ