• Depressão: um dos males do século. Como a resiliência pode ajudar?

    27 de abril, 2022

    Segundo relatório da OMS, publicado em 2017, a proporção da população global com depressão em 2015 era cerca de 4,4%, o que significa um número total de 322 milhões de pessoas vivendo com depressão no mundo. As taxas de prevalência variam a cada faixa etária, foi relatado um pico na prevalência da depressão entre adultos de 55 a 74 anos, ficando acima de 7,5% entre as mulheres e acima de 5,5% entre os homens. Nas outras faixas etárias a depressão também é mais prevalente em mulheres com índice geral de 5,1%, contra o índice de 3,6% dos homens. A OMS afirmou, ainda, que a depressão contribui significativamente para a carga de doenças que afeta pessoas em todas as comunidades de todo o mundo, sendo a principal causa global de deficiência, quando se considera o total de anos perdidos devido a incapacidade funcional, gerada pela condição.

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    A resiliência é um processo dinâmico de adaptação positiva, em um contexto de adversidade significativa, e está inversamente correlacionada com as principais síndromes psiquiátricas, como ansiedade e depressão, transtornos de estresse pós-traumático, transtornos alimentares e vícios. O conceito de resiliência é amplamente utilizado, na área da saúde, e entendido como a capacidade de resposta adaptativa, às doenças, como situação de adversidade. No caso da depressão, o impacto psicológico e a sobrecarga justificam maior atenção aos mecanismos de enfrentamento positivo do paciente.

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    Intervenções psicológicas, com evidências de resultados para a redução de patologias, tornaram-se uma necessidade para o tratamento integral de populações clinicamente doentes. Neste contexto, a resiliência tem sido considerada um mediador ou moderador na redução dessas patologias.

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    Vanessa L. C. Soares – Psicóloga – Mestranda do Programa de Pós-graduação em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher do IFF/FIOCRUZ

    Dra. Lizanka Marinheiro, PhD. – Endocrinologista – Professora dos programas de pós-graduação do IFF/FIOCRUZ e coordenadora do Ambulatório de Endocrinologia Feminina no IFF/FIOCRUZ.

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    Fonte:

    https://apps.who.int/iris/handle/10665/254610

    https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8656954/

    https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8620979/