O novo jovem idoso de hoje há muito tempo é interessante! Pesquiso há anos no Instituto Fernandes Figueira , na FIOCRUZ, em minha linha de trabalho as principais doenças do envelhecimento da mulher depois da menopausa.
Independente de gênero, as doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose, depressão, e demências, entre outras, podem acometer tanto homens quanto mulheres com o decorrer da idade
A longevidade é uma realidade e todos querem alcançá-la. Mas com qualidade de vida. Além da necessidade das políticas públicas de saúde a que todo o cidadão tem direito, para se ter uma longevidade saudável, é necessário uma responsabilidade individual e se empenhar na prevenção desde cedo para se ter qualidade de vida. E isto implica em medidas simples, mas disciplinares, tais como:
-fazer exercícios regulares;
-não fumar;
-procurar dormir bem;
-ter uma alimentação balanceada;
-consumir pouco de álcool;
-se socializar.
Sem falar em tentar lidar com o stress do dia a dia tentando ter uma melhor inteligência emocional desde cedo, cedendo aos inúmeros apelos do ter ao ser. Talvez, menos desejo… mais satisfação…
Filosofias a parte e voltando aos nossos idosos, muitas vezes são como crianças: manipuladores e espertos quando estão saudáveis. Podem querer tudo a tempo e a hora numa demanda voraz, que muitas vezes nós como médicos filhos, família, cuidadores etc, não podemos nem temos como atender. É preciso estar atento aos nossos limites e saber dar os mesmos limites que damos aos nossos filhos como e quando crianças com muito carinho, para estes nossos jovens de muito tempo, sob pena se ficarmos escravizados de suas demandas, sem poder atendê-los pela falta de possibilidade.
Um limite tênue é necessário, como tudo na vida em que o equilíbrio e bom senso é preciso.
Lizanka Marinheiro
Endocrinologista
Instituto Nacional da Mulher, Criança, e Adolescente Fernandes Figueira- FIOCRUZ